Cinemateca de Curitiba Reapresenta o Drama Olga,

 

Um dos Maiores Sucessos do Cinema Brasileiro

 

Uma das atrações da programação de cinema da Fundação Cultural de Curitiba é a reapresentação do filme Olga, um dos maiores sucessos do cinema brasileiro no ano passado. O filme entra em cartaz na Cinemateca e é uma grande oportunidade para ser visto ou revisto por um ingresso de apenas R$ 5,00 a inteira e R$ 2,50 o meio ingresso (estudantes). Idosos acima de 60 anos não pagam ingresso nos cinemas da Fundação Cultural.

O filme, de Jaime Monjardim, inspirado no livro de Fernando Morais, conta a história da judia Olga Benário (1908-1942). Nascida em Munique em 1908, ela se tornou militante comunista na adolescência. Em 1934, foi designada por Moscou para proteger Luís Carlos Prestes durante sua volta ao Brasil, e os dois acabaram se apaixonando.
Em 1935, lideraram uma tentativa de revolução comunista, mas foram presos no Rio. No ano seguinte, grávida de sete meses, Olga foi deportada pelo governo de Getúlio Vargas para a Alemanha. Sua filha, Anita Leocádia, nasceu na prisão e aos 14 meses passou a ser criada pela mãe e a irmã de Prestes. Olga, interpretada no filme pela atriz Camila Morgado, morreu em 1942 na câmara de gás de Bernburg. “Olga” volta em cartaz na Cinemateca, nas sessões das 15h30, 18h e 20h30 (exceto nos dias 15 e 17, quando haverá sessão apenas às 15h30).

A Cinemateca também tem como destaque o lançamento de filmes dos realizadores curitibanos Nivaldo Lopes e Sérgio Ortêncio. Nivaldo Lopes está lançando o documentário “Shabelewski”, com uma sessão especial às 20h da próxima terça-feira (15) na Cinemateca. No mesmo local, acontece quinta-feira (17), às 19h e 21h, a mostra “O Cinema de Sérgio Ortêncio”, com a exibição de seis curtas-metragens de ficção, produzidos pela Plano 9 Cinema e Vídeo.

O documentário de Nivaldo Lopes resgata a vida e a obra de Yurek Shabelewski (1910-1993), um dos maiores bailarinos de seu tempo. Nascido na Polônia, Shabelewski brilhou nos palcos internacionais antes de se estabelecer em Curitiba em 1971, para prestar serviços ao Corpo de Baile da Fundação Teatro Guaíra. Misturando ficção e imagens de arquivo, Nivaldo Lopes sintetiza a trajetória gloriosa do bailarino até o seu falecimento, em 1993, em Curitiba.

Shabelewski foi também diretor, coreógrafo e “maitre” do Ballet do Teatro Sodré de Montevidéu (1957-65), coreógrafo e “maitre” do Grupo de Dança Contemporânea da Universidade Federal da Bahia (1969) e coreógrafo especialmente convidado do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro (1970). Em 1971, veio para Curitiba, onde passou a prestar serviços ao Balé do Teatro Guaíra, como “maitre”, coreógrafo, diretor e professor do Curso de Danças Clássicas.

O diretor e produtor Sérgio Ortêncio apresenta na Cinemateca os filmes “Walter”, “O Tempo do Homem”, “O Pensador”, “As Quatro Estações da Dor”, “Barata” e “Acaso”. São filmes de curta-metragem, ficção e documentários que constituem uma amostragem do trabalho de sua produtora, a Plano 9. Em quatro anos de existência, a produtora realizou 15 vídeos e já conta com outros três em fase de pré-produção.

Godard – No Cine Luz, entram em cartaz “Machuca” (às 15h e 17h10) e “Elogio ao Amor” (às 19h20 e 21h). “Elogio ao Amor” é conhecido também como “O amor segundo Godard”, podendo ser dividido em quatro partes: o encontro, a plenitude física, a separação e a reconciliação. Esses momentos são vividos por três casais, cujas histórias são contadas bem ao estilo do diretor francês – sem linearidade, começo, meio ou fim. Junto com as questões amorosas, o filme contém uma forte crítica aos Estados Unidos e ao diretor Steven Spielberg, considerado um dos ícones do cinema norte-americano. No elenco estão Bruno Putzulu, Cecile Camp, Jean Davy, Françoise Verny, Audrey Klebaner, Philippe Lyrette, Jeremy Lippmann, Claude Baignières e Rémo Forlani.

O premiado filme chileno “Machuca”, de Andrés Wood, remete à década de 1970, com o amargo regresso ao tempo em que o Chile estava à beira da explosão da ditadura Pinochet. O belo e carinhoso retrato da amizade entre dois garotos de 11 anos, Gonzalo Infante (Matías Quer) e Pedro Machuca (Ariel Mateluna), ganha contornos políticos relevantes, fazendo com que alguns críticos comparem “Machuca” ao francês “Adeus Meninos”, que Louis Malle dirigiu em 1987.

O Cine Ritz reapresenta Frida, a biografia da pintora mexicana Frida Khalo. O filme está em cartaz às 17h e 21h. Nas sessões das 15h e 19h do Ritz, entra em exibição o filme “Os Palhaços” (1971), de Federico Fellini.

Compartilhar: