Os poetas populares escalados para essa intervenção dentro do festival farão um rodízio com seus versos autorais em performances naturais, em que o corpo, voz e ritmo fluem sem teatralização forçada – o oposto de uma performance ensaiada ou artificial.
Vozes negras. Vozes populares.
A maioria compõe a turma que participou do Sarau Popular, ação que rodou a cidade por 2 anos e meio em 65 edições, onde a dinâmica já azeitada busca o poeta ser o próprio poema — deixando que o verso nasça como fala cotidiana, como um fluxo orgânico.
Um exercício de expressão que o poema sempre quis ser: voz, presença e verdade. Popular sem ser banal, poético sem ser rebuscado. Palavra verdadeira, ato político, arte, revolução.
Um grito suave e firme no meio do Outubro Vermelho!
Poetas convidados e microfone público
Sábado (11) a partir das 20h
Restaurante NINA – Rua Marechal Deodoro, 847 – Centro
Entrada franca e honesta
Poetas nos cards:
José Domingos nasceu em 1964, interior do Paraná. Zona rural de Paranavaí. Origem sertão de Pernambuco e Paraíba, antepassados africano, eterno imigrante. É católico de piá, um pé na quimbanda e outro no candomblé. Em síntese, é como o gato que nasceu no forno e não é pão. Gosta de Neruda, Patativa e Drummond.
Marcio Gleide é um poeta engajado em causas sociais que busca dar voz aqueles que estão as margens da sociedade. É um ativista cultural e compositor. Tem poemas publicados em diversas coletâneas literárias e revistas. Em 2023 tornou-se membro honorário da APB – Academia Poética Brasileira. Escreve desde os 14 anos e tem facilmente mais de 1000 poemas.
Moisés António é poeta, escritor, ator e contador de histórias. Nascido em Angola e residente no Brasil, é formado em Letras – Inglês pela Universidade Agostinho Neto em Luanda. Autor de seis obras publicadas no Brasil, escreve poesias, contos e romances que exploram Identidade, Memória e Diáspora. Seu livro mais recente “Eu do Outro Lado nas Terras do Além” foi lançado em 2023.
Maurício Santana tem Fiódor Dostoiévski e Cristóvão Tezza como influências literárias. Tem pesquisa do mestrado em Letras com o tema “Orgulho e preconceito (e zumbis): relações dialógicas na teoria literária” e capítulos de pesquisa de doutorado em Comunicação com o tema “Teologia, experiência religiosa e pensamento contemporâneo” e “Comunicação e mídias: transformação e movimento” (coletâneas). É bibliotecário, compositor, letrista, guitarrista e vocalista da 5 Graus – banda underground com 3 cds lançados.
Asaph Eleutério atua desde 2008 como compositor e intérprete de canções autorais. Sua produção transita entre folk-rock, country e indie rock, com quatro EPs e um álbum já lançados. Além da trajetória artística, é pesquisador e autor de Cena de Cenas – Do Rock de Inverno aos Índios Eletrônicos, obra derivada de sua pesquisa de mestrado sobre a cena musical independente de Curitiba nos anos 2000.
Sergio Viralobos tem Dalton Trevisan e Gregório de Matos Guerra como influências literárias. Nos últimos 40 anos ele fez parcerias em traduções de Dante Alighieri, Baudelaire, Rimbaud, Shakespeare, Poe, Goethe, Yeats, Blake, Issa e Mallarmé, para publicações de inúmeros livros com Marcos Prado, Thadeu Wojciechowski, Roberto Prado, Edilson Del Grossi, Ivan Justen, Alberto Centurião e Monica Berger. Participou da antologia Fantasma Civil (2013) e foi incluído na antologia 101 Poetas Paranaenses (2014). Criador do blog Malocabilly, campeão brasileiro de acessos de blog de poesia (2006-2010). Escreve, semanalmente, a coluna cultural Frente Fria no portal de notícias HojePR.
Desi Veloso é Neuropsicopedagoga aposentada, autora dos livros: Contos para Desencantar – Refrão de Suzana e outras histórias, Editora Livre Expressão, 2012 . Lua toda Nua, Editora Livre Expressão,2014. Lua toda Nua II, Catalina Edições, 2016. Doce Vampiro e outras histórias entrelaçadas, 2020. Atualmente estuda Agroecologia no IFPR Campo Largo.
Paulo de Jesus é poeta, contista e cronista curitibano. Interessado em questões espirituais, existenciais, sociais, filosóficas, econômicas, literárias, políticas, geopolíticas… Gosta do Machado de Assis e do Camões. Lançou 2 livros: Singularidade do Ser em Verso e Prosa (2014) e Reflexos do Ser em Verso e Prosa (2016). Participou de 12 coletâneas: Flupp Brasil: novos autores (2014), Crônicas da Resistência – Narrativas de uma democracia ameaçada (2016), Irreversível (2019) e Conexão Feira do Poeta – Edições de 1 a 9 (2015 a 2023). Participou com o poema Brincadeira de Criança na Síria no web poema Pássaros Ruins 23 (2018).
Getulio Guerra lançou ano passado a coletânea “Poemas de Guerra” (1991-2023), foi mentor do PrasBandas – Mostra Itinerante de Arte Curitibana (2005-2012) e do Sarau Popular (2014-2016), dois projetos descentralizados que instigaram artistas populares a se expressarem pelos bairros da cidade. Foi o curador do Sarau Poemas e Canções de Resistência (2018) no Acampamento Lula Livre e desse Sarau Canhoto com Poetas Populares.
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