Quinta-feira Santa: Fé que atravessa os séculos

Tradição cristã relembra a Última Ceia de Jesus e mantém vivas práticas antigas que ainda emocionam fiéis nos dias de hoje.

A Quinta-feira Santa, também conhecida como Quinta-feira da Ceia ou Quinta-feira de Endoenças, é uma data de grande importância para os cristãos, especialmente os católicos. Ela marca o início do Tríduo Pascal, que culmina na celebração da Páscoa, e relembra o dia em que Jesus Cristo celebrou a Última Ceia com seus discípulos.


️ Quinta-feira Santa de hoje (contexto atual)

✝️ Significado religioso:

  • Comemora a Última Ceia de Jesus, onde Ele instituiu dois sacramentos fundamentais:

    • A Eucaristia (com o pão e o vinho como corpo e sangue de Cristo).

    • O sacerdócio (ao dizer “fazei isto em memória de mim”).

  • Também é o dia do gesto do lava-pés, símbolo de humildade e serviço.

Celebrações atuais:

  • Missas especiais, chamadas Missa da Ceia do Senhor, geralmente à noite.

  • O ritual do lava-pés ainda é praticado em muitas igrejas, com o padre lavando os pés de 12 pessoas.

  • Ao final da missa, o Santíssimo Sacramento é retirado do altar e levado para um lugar de adoração (o “Horto” ou “Monumento”).

  • O altar da igreja é desnudado, simbolizando a prisão e abandono de Jesus.

Em algumas culturas:

  • Feriado ou ponto facultativo em muitos países de maioria cristã.

  • É comum o jejum e a abstinência de carne.

  • Algumas famílias fazem orações ou reconstituem a ceia de forma simbólica.


️ Quinta-feira Santa antigamente (tradições antigas)

Portugal e Brasil colonial:

  • Chamada de “Quinta-feira de Endoenças” em Portugal (de “indulgências”).

  • As igrejas tocavam os sinos pela última vez antes da Páscoa e depois usavam matracas (instrumentos de madeira que fazem barulho seco).

  • Era um dia de recolhimento profundo e silêncio.

  • Costumava-se visitar sete igrejas diferentes, numa prática de adoração e penitência.

Tradições populares:

  • Não se lavava roupa ou varria a casa nesse dia em muitas regiões — por respeito à paixão de Cristo.

  • Evitava-se fazer barulho ou festas.

  • Em várias regiões, acreditava-se que a água benta desse dia tinha poderes especiais de cura e proteção.


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