Um livro para ser lido e ouvido

Uma obra que transforma leitura em melodia.

         Nos próximos dias sairá da gráfica um livro sobre a trajetória de vida musical do músico Célio Malgueiro. Esse livro faz parte das comemorações de 80 anos do artista que, tendo se tornado músico profissional em Curitiba, nasceu em Ibiporã, interior do Paraná.

         O livro se chama “Célio Malgueiro, a música dentro de si”. O título se inspira numa frase da violonista e cantora Eliane Bastos, parceira e amiga, hoje radicada na Grécia.

         As orelhas do livro são assinadas por um ex-aluno de violão do professor Malgueiro que, jovem e irreverente, ajudou a fundar uma importante banda de Rock do país.

         Kadu Lambach reconhece: “Tocar bem violão foi sem dúvida uma forma de ser aceito pelos novos amigos de Brasília a ponto de ser convidado para fundar uma das maiores bandas de Rock do país: a Legião Urbana“.

       Célio Malgueiro tornou-se músico por possuir uma espécie de DNA familiar, sua mãe era uma exímia cantora de casamentos na igreja de sua cidade natal, seu pai alguém que animava uma pitoresca banda de baile.

         Professor de violão, um dos criadores de uma das primeiras revistas de anotações musicais para iniciantes, a Coro de Cordas, Célio mereceu de parte de um de seus “alunos” da revista, Rafael Hagemeyer, professor e historiador de música popular brasileira, um merecido cordel que abrilhanta algumas das páginas do livro.

         O livro tem três autores, um deles o próprio Célio que, durante meses, reuniu-se com seus dois outros parceiros literários para ir contando, a conta-gotas, suas inúmeras façanhas pelo mundo da música. Foi através desses bate-papos, pra lá de informais, que os fios do novelo histórico foram sendo puxados e converteram-se em crônicas leves e bem-humoradas das várias peripécias deste homem que tocou em mais de 600 bailes e casamentos em Curitiba e região, gravou alguns CDs de canções em português, inglês, espanhol, italiano e tornou-se um one man band quando quase ninguém sabia muito bem o que era isso.

         Da amizade de Célio com o destacado músico curitibano Palminor Rodrigues Ferreira, o Lápis, surgiu um grande compadrio de cumplicidades sonoras. De ouvido bem treinado para as harmonias, Célio fez florescer inúmeros arranjos para músicas de colegas próximos ou de destacados compositores deste mundo.

         O músico Jazomar Rocha, um dos autores do livro, resume assim a obra:

         “O que esse livro procura mostrar basicamente é a trajetória de seu amor irrenunciável à música e as veredas que esse amor incondicional o fez trilhar durante os seus 80 anos de vida comemorados neste ano de 2025“.

         O livro vem acompanhado de um primoroso CD com 36 músicas gravadas por Célio, todas procurando constituir um laço de referência com as diversas passagens da vida do homenageado.

        Uma inovadora autobiografia, composta a seis mãos, com sons de teclados ao fundo: uns extraídos de notas musicais de um piano, outros de um batuque nas teclas de um computador.

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