
No Dia Nacional dos Surdos, celebrado em 26 de setembro, é impossível não lembrar da trajetória do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), marco na história da inclusão no Brasil.
Fundado em 1856, no Rio de Janeiro, por iniciativa do francês Edouard Huet e com apoio de D. Pedro II, foi a primeira escola do país voltada à educação de surdos, oferecendo ensino intelectual, moral e religioso, além de formação profissional. Inspirada na língua de sinais francesa, a LIBRAS começou a se desenvolver ali, com seu primeiro dicionário publicado em 1875.
Ao longo dos anos, a instituição enfrentou mudanças metodológicas, como a proibição do uso de sinais entre 1911 e 1920, até que, a partir da década de 1960, os sinais passaram a ser reconhecidos como língua, culminando em sua oficialização em 2002. Em 1957, o termo “mudo” foi retirado do nome, reforçando o respeito à identidade surda. Hoje, o INES segue como referência nacional na educação e valorização da cultura surda, simbolizando a luta por direitos e acessibilidade.
O documento da semana é uma fotografia em preto e branco, no formato aproximado de 17,5 x 23,5 cm, integra o álbum Photographias D. Federal (1 álbum com 76 fotos em gelatina, p&b, dimensões variando de 17,5 x 23,5 cm a 23,5 x 17,5 cm; álbum de 34 x 26 cm). Ela retrata o edifício do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), construção imponente de arquitetura eclética, com vários andares, janelas altas e ornamentadas, balcões com gradis e detalhes decorativos. O prédio é cercado por um muro com grades de ferro e jardins arborizados. À frente, estende-se uma ampla rua com trilhos para bonde, postes de iluminação e fiação elétrica. Grandes árvores margeiam a via, criando áreas de sombra. A ausência de pedestres e veículos reforça a atmosfera de tranquilidade e elegância urbana característica do período retratado, provavelmente do final do século XIX ou início do XX.
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