De tradição religiosa à estratégia comercial: como a data ganhou o coração (e o bolso) dos brasileiros
Celebrado com flores, chocolates e jantares românticos, o Dia dos Namorados é uma das datas mais esperadas pelos casais apaixonados no Brasil. Embora muitos pensem que a comemoração tenha origem puramente romântica, a história do dia 12 de junho no calendário nacional é resultado de uma bem-sucedida estratégia de marketing.
Enquanto em diversos países, especialmente os de tradição anglo-saxã, a celebração ocorre no dia 14 de fevereiro em homenagem a São Valentim — o santo católico conhecido por celebrar casamentos em segredo durante o Império Romano — no Brasil, o amor tem data marcada dois dias antes do Dia de Santo Antônio, o conhecido “santo casamenteiro”.
A adaptação brasileira aconteceu em 1949, quando o publicitário João Dória (pai do ex-governador João Doria Jr.) foi contratado por uma loja para encontrar formas de aquecer o comércio em junho, considerado um dos meses mais fracos em vendas. A campanha foi um sucesso e, desde então, o Dia dos Namorados se consolidou como uma das principais datas do varejo no país, movimentando bilhões de reais a cada ano.
Hoje, o Dia dos Namorados vai muito além do comércio. É uma oportunidade para os casais celebrarem o amor, seja com presentes, surpresas criativas ou simplesmente passando tempo juntos. E enquanto em outros cantos do mundo a data carrega um forte vínculo com a religiosidade, no Brasil, ela se mistura com a cultura, a economia e, claro, a paixão.
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