Revista fala sobre pixação e arte em São Paulo

capa caros amigosA partir da 1ª Bienal Internacional de Arte de Rua de São Paulo, que acontecerá no final do ano em São Paulo, a revista Caros Amigos de fevereiro debate sobre pixação na metrópole.

 

Sob a coordenação do artista plástico Rui Amaral, um grupo de oito artistas de rua formarão a curadoria da Bienal, que terá exposição no Museu de Arte Contemporânea e intervenções na cidade, além de oficinas, debates e exposição de vídeos.

 

Com o objetivo de mostrar um pouco do universo de um tema polêmico e pouco compreendido pela população, a edição deste mês da Caros Amigos traz um pouco da história do pixo em São Paulo e do graffiti em Nova Iorque.Eles nasceram como manifestações urbanas ilegais, praticadas por jovens pobres.

 

Fala também da evolução dele, atualmente praticado pela classe média e classe média alta, que tem acesso a tintas e cursou faculdade. Segundo Choque um fotojornalista que prepara um livro sobre o tema “Compreendendo a pixação, a sociedade estará compreendendo a si própria”, pois toda manifestação artística “é reflexo direto dos acontecimentos e valores da sua época”.

 

Além disso, a matéria discute sobre os ataques de pixadores a instituições de arte em 2008. Eles tiveram ampla repercussão na mídia e proporcionaram visibilidade para a arte urbana presente há cerca de 30 anos em São Paulo. Os alvos das intervenções foram o Centro Universitário Belas Artes, a Galeria Choque Cultural e a Bienal de Arte de São Paulo.

 

Curiosidades como a grafia com “x” reivindicada pelos pixadores para se diferenciar das pichações políticas (mais comuns durante a ditadura), do movimento punk e de propaganda, também aparecem na reportagem.

 

A matéria mostra que mesmo com as intervenções, os debates acerca de seus significados e causas são escassos. Tida como um problema social, crime previsto no código penal, ela é, na verdade, reflexo da aguda desigualdade social da cidade mais rica do país e merece atenção.

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