Conselho do Patrimônio Cultural aprova tombamento do Fandango Caiçara

Expressão musical, coreográfica, poética e festiva, o Fandango Caiçara é encontrado em Antonia, Guaraqueçaba, Paranaguá e Morretes, e também no litoral paulista.

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em sua última reunião do ano, aprovou nesta
quinta-feira (29) as propostas de registro do Fandango Caiçara (baile popular, especialmente
rural, ao som de viola ou sanfona, com danças de roda e sapateadas, alternadas
por estrofes cantadas), do litoral de São Paulo e do Paraná e do tombamento da
Ponte Ferroviária Eurico Gaspar Dutra, em Corumbá (MS) e da Ponte Pênsil
Affonso Penna, em Itumbiara (GO).

A reunião ocorreu no Palácio Gustavo Capanema, no centro do Rio de Janeiro, sob a
coordenação da presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan), Jurema Machado.

Expressão musical, coreográfica, poética e festiva, o Fandango Caiçara é encontrado,
principalmente, nos municípios de Iguape e Cananeia, no litoral paulista, e
Guaraqueçaba, Paranaguá e Morretes, no Paraná. O fandango é considerado um
elemento fundamental para a construção e a afirmação da identidade cultural das
comunidades caiçaras, que nos bailes , acompanhados de mesas fartas, reforçam
suas relações de parentesco e convivência.

Com 2 quilômetros de extensão e 112 metros de altura em seu vão central, a Ponte
Eurico Gaspar Dutra, sobre o Rio Paraguai, foi idealizada no início do século
20, como parte da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que na época tinha seu
ponto final em Porto Esperança e precisava chegar a Corumbá e de lá garantir a
ligação do Brasil com a Bolívia. Marco da arquitetura moderna brasileira, a
ponte levou quase dez anos para ser construída, entre 1938 e 1947.

A Ponte Pênsil Affonso Penna, com 240 metros de extensão sobre o Rio Parnaíba, liga a
cidade goiana de Itumbiara a Araporã, em Minas Gerais. Inaugurada em 1912, a
estrutura de ferro recebeu tabuado de madeira e se tornou rodoferroviária,
contribuindo para o incremento da economia da região.

Após a reunião, a presidente do Iphan, Jurema Machado, participou no Palácio Gustavo
Capanema da cerimônia de lançamento de duas novas publicações do órgão, o livro
Brasil: Monumentos Históricos e Arqueológicos, reedição da obra de Rodrigo Melo
Franco de Andrade organizada por Maria Beatriz Setúbal de Rezende Silva, e da
edição 34 da Revista do Patrimônio, organizada pela historiadora Márcia Chuva.
Para saber mais…

 

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