Três bens são promovidos a patrimônio cultural do Brasil

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou, em Brasília, o pedido de Registro do Teatro de Bonecos Popular do Nordeste; além do tombamento do Sesc Pompeia, em São Paulo; e dos Remanescentes do Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira, em Brasília.

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste – Mamulengo, Babau, João Redondo, Cassimiro Coco (TBPN) foi aprovado, com unanimidade, como Patrimônio Cultural do Brasil e inscrito no Livro de Formas de Expressão do Patrimônio Cultural Brasileiro.

O pedido de inclusão foi solicitado pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (ABTB), o que afirma a tendência de uma apropriação da sociedade sobre suas manifestações.

 

Sesc Pompeia

Considerado um marco da arquitetura brasileira por seus valores técnicos e estéticos, em especial pelas intervenções em sua estrutura, desenvolvidas por Lina Bo Bardi, o Sesc Pompeia integrará a lista de bens culturais protegidos pelo governo federal.

O espaço, que se tornou uma referência arquitetônica nacional e internacional, é um dos mais importantes centros de convivência e de cultura da cidade de São Paulo.

 

Hospital Juscelino Kubitschek de Oliveira

 

Planejado para dar apoio à construção da futura capital federal, sendo o único assentamento comunitário da época a manter suas características preservadas, o espaço também teve seu pedido para tombamento aprovado pelo Conselho e é o mais novo patrimônio cultural do Brasil.

 

Apesar do edifício do Hospital não mais existir, os barracões de madeira que abrigavam os funcionários e integram o conjunto arquitetônico constituem-se como importantes elementos representativos da história da construção de Brasília.

 

Bens tombados em 2014

 

Em 2014, Conselho Consultivo esteve reunido nos meses de maio, setembro e dezembro. Foram aprovados os registros do Carimbó como formas de expressão no Pará, a produção tradicional e práticas socioculturais associadas à Cajuína no Piauí, os Maracatu Nação e Rural, como ainda o Cavalo Marinho em Pernambuco. Tava Miri dos Mbyá Guaranis, Sitio São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, também foi considerado Patrimônio Cultural do Brasil, com inscrição no Livro de Registro dos Lugares.

 

Também passaram a ter a proteção do Iphan estabelecimentos das Fazendas Nacionais do Piauí; a Casa Grande e Tulha da antiga Chácara do Paraíso das Campina Velhas (SP); e o Sítio da antiga fazenda de Santo Inácio de Campos Novos (RJ). Nos estados do Pará, Maranhão, Mato Grosso do Sul e Roraima, foram tombados Conjunto das Fortificações Brasileiras.

 

A Igreja São Judas Tadeu (SC), a Coleção Geyer (RJ), o Acervo do Museu de Artes e Ofícios (MG), o Terreiro Zogbodo Male Bogun Seja Unde (BA) e a rerratificação da poligonal de tombamento do Conjunto Arquitetônico e Urbanístico de Icó/CE também foram apreciados pelo Conselho, sendo todos considerados patrimônios.

 

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural

 

A instituição que avalia os processos de tombamento e registro é formada por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia.

 

Ao todo, são 23 conselheiros, que representam o Instituto dos Arquitetos do Brasil – IAB, o Conselho Internacional de Monumentos e Sítios – Icomos, a Sociedade de Arqueologia Brasileira – SAB, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama, o Ministério da Educação, o Ministério das Cidades, o Ministério do Turismo, o Instituto Brasileiro dos Museus – Ibram, a Associação Brasileira de Antropologia – ABA, e mais 13 representantes da sociedade civil, com especial conhecimento nos campos de atuação do Iphan.

 

Fonte:

 

Compartilhar:

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*