Chico Buarque de Hollanda

Chico, primeiro disco de Chico Buarque em cinco anos, chega às lojas como o álbum que conectou o cantor e compositor à internet. O CD tem pré-venda e audição virtuais desde a semana passada e já sofreu uma das consequências da era digital: vazou na rede.
Foi também pela internet que Chico notou que muita gente não gosta dele. O que a nova geração parece questionar é a supervalorização de seu trabalho.
Autor de algumas letras de criatividade indiscutível na história da MPB, ele derrapou no novo disco e virou piada justamente na internet. Tudo por conta da rima que encontrou para “fazer sacrifício”, na letra de “Querido Diário”. Escreveu: “amar uma mulher sem orifício” e reacendeu a discussão sobre sua importância.
O fato é que o mesmo Chico Buarque que tira os orifícios da mulher mostra que ainda tem momentos inspirados em “Essa Pequena” (“Temo que não dure muito a nossa novela, mas/Estou tão feliz com ela…/Sinto que que ainda vou penar com essa pequena, mas/O blues já valeu a pena”) e “Barafunda” (“Era Aurora/Não, era Amélia…/Foi na Penha/ Não, foi na Glória/Gravei na memória,/Mas perdi a senha”).
Chico é humilde como músico. “Queria ter nas mãos a habilidade que tenho nos pés”, diz, sobre não se considerar um bom instrumentista, em entrevista divulgada por sua assessoria.
A alusão ao futebol é digna. No time da MPB, Chico Buarque andou perdendo pênaltis, mas de vez em quando ainda dá bons dribles e acerta o gol.
Galeria de imagens de bastidores do novo disco de Chico Buarque, “Chico”. Ao fundo a nova música “Querido Diário” do novo disco.

 

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